terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Alpha Bravo Crisis



My world is no more. Nevertheless, there are no changes at all. My soul could not get any darker, my head barelly would get any more enlightned and though not that fulfiled, I could not be any less delighted.








Poetry is dead. Poverty, on the other hand, is all over. Black dog goes over and over. Like chasing the tail. Just waiting, God knows what for. But there are no Gods, after all. No working class party saviour, no miraculous way out. Nothing but the same “left right left right” tune, just like before that FiatLux stuff.



I can’t seem to fit any clothes, any shoes, any space between these commas. Like a former hero – world class fighter, I took too many hits on the head. Like that old football player no one even recognize at the Market queue. Like a former F5 pilot, in Coma due to a misplaced rug and a pathetic fall in a Holiday trip. Trying  to find a way out. Or in. Any way.



My friends are nowhere near to be seen. My problems change names and faces, but never leave me alone. Pink Floyd, The cure, the Pi number (constant) keep the same. So does my sarcasm and sweet apathy. And the Alpha, the omega symbolism, still feed me all the empathy that I need to keep it coming. Guess only that and Brit rock’s for sure. 


terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Da esperança 1

Ou The times they are a' changing




O antecipado  mundo globalizado do futuro, através de mercados e  conexões virtuais  já chegou  a nós  de maneira tão orgânica que  mal o vimos se estabelecendo.  Não é exagero dizer - ou mesmo novidade - que nos últimos 50 anos a espécie humana revolucionou como nunca antes sua forma de produzir e reproduzir conhecimento, num vórtice violento de interatividade ininterrupta. Um mundo sem fio que jamais fica offline.


Para mim, que cresci  admirado com as tecnologias que via surgindo a velocidades cada vez mais estonteantes, é desconcertante  ver que as gerações posteriores a minha encarem tudo isso com tanta naturalidade. Coisas do Zeitgeist, por certo. Esse assombro, no  entanto, compartilharei noutras oportunidades. O papo hoje é sobre a guerra dos meninos, mais especificamente,  dos meninos de São Paulo.




 Viva! La erte!
                                                                                        
                                                                    todos os direitos (p)reservados



Do começo: Os bandeirantes paulistanos, representados pelo Sr. Geraldo Alcakmin, decidiram cortar gastos. Até aí tudo bem,  afinal, a austeridade é hoje pedra de toque da administração pública e privada, num Brasil sacudido por crises institucional e política  como num mundo ainda se recuperando da última crise econômica (aquela d@s bolhas). O problema é como ele resolveu fazer o corte. Uma atrapalhada reforma escolar, onde seriam fechadas quase cem escolas, salas seriam mescladas (resultando em superlotação e consequente queda de aproveitamento) e o fim da linha para muitos alunos. 


Ou o que esperar de um aluno de EJA ou outro de período noturno  que, trabalhando durante o dia, se vê de uma hora para outra, transferido para locais distante do emprego, inviabilizando a já sacrificada jornada a qual a maioria de nós se vê obrigado a trilhar em busca de formação profissional? 




                             

                                                                Deixai vir a mim





Vendo seus futuros ameaçados por um governo que sequer se dignou a convocar discussões (a exemplo do que aconteceu mais cedo esse ano nas terras de Beto Richa, onde faltou boa educação e sobrou até pros jornalistas, atacados por cães raivosos e pitbulls), o que fazer?




                                                           Clique na imagem para relembrar






Os jovens não pensaram duas vezes e ocuparam o espaço que é seu por direito. A adesão foi aumentando, aumentando e o número passou das 220 escolas! A opinião pública, em parte ajudada pela "grande" mídia, se dividiu. Aulas paralisadas, faltando tão pouco para o fim do ano letivo? Tanto barulho por mera realocação de vagas? 

Ora, Fulaninho e Sicraninho já não iriam mais para a mesma escola, mas e daí? Quem estaria por trás dessa baderna?  como pode -se protestar em pleno dia útil? Quem vai encher o pixuleco? O que se passa na cabeça desses moleques? 

Vandalismo! Invasão!





                                                                  Sophia Alckmin recomenda: look básico com camisa CBF




Como pincelamos anteriormente no texto, a coisa vai pra bem 

além do incômodo de estudar longe de casa, ou de "ter de fazer 
novos amiguinhos". Os  pais logo foram descobrindo - só posso 
crer que com enorme orgulho - o quão politizados e mobilizados 

estavam seus filhos. Surpreenderam até dinossauros de movimentos 
sociais, como Laerte. Palavras dela:

  

“Estou abismada. Acho que nunca teríamos feito uma coisa desse teor", afirmou em referência à sua geração. “Não sei o que vai mudar. O que eu gostaria muito que ocorresse era uma resposta de abertura para negociações. Uma compreensão do governo de que não é possível fazer esse movimento sem ouvir a sociedade.”






A fala se deu antes da decisão de Alckmin em voltar atrás e
anunciar a suspensão¹ das medidas no fim de semana. Pelo sim,
pelo não, os alunos resolveram que vão continuar ocupando as
escolas, até que o tucano revogue em definitivo² o decreto da
reorganização.

Fica de tudo isso a esperança de que talvez o "gigante" tenha 

de fato acordado, vivendo através desse organismo complexo 
que são as redes sociais - sejam elas virtuais ou não - grassando 
no que temos de melhor: material humano. A vitória não poderia 
vir em melhor momento. Estamos todos, afinal, com muita fome
de justiça e democracia.





 crédito aos verdadeiros protagonistas
                                      
                                          A chef  Paola Carosella, dando seu apoio a causa




                                               




sábado, 5 de dezembro de 2015

Soneto dos Reis


Sou negro sem querer

Sou poeta por Fado
Sou tristonho, galante
Definido no falo

Feito à força sereno
Inaudito gigante
Nunca o amor mais ameno
Sempre pontual amante



É viver uma África
É o futuro arte intacta
Pretensões umas mil

A mucama o pariu 
A sinhá o inducou
Casa amada Brasil


           *Publicado originalmente em http://malandragem-inquieta.blogspot.com.br/